domingo, 18 de julho de 2010

O pão sobre a mesa é para os filhos

Uma mulher muito angustiada porém confiante, sai a procura do Senhor Jesus, e ao encontrá-lo insiste aponto de incomodar os discípulos com a seu grito de insistências, parece que aquela oportunidade seria sua única chance de ter o seu problema solucionado. Impulsionada pelo sofrimento, causado pela possessão diabólica que agia dentro do seu lar, sobre a vida de sua filha, e pela confiança neste homem que apareceu sem um prévio anuncio naquela cidade, ela gritou "Filho de Davi tem misericórdia mim", qual foi sua surpresa ao perceber que seu clamor fora ignorado.

    O que a mulher ouviu não lhe estimulou a ficar animada e confiante, mas a continuar a persistência, quando abordado por um de seus discípulos ele rompe o silencio, dizendo: "não é bom tomar o pão dos filhos e lançá-los as cachorrinhos" (Mateus 15:26, Marcos 7:27), ao ouvir-lo ela é inspirada diz uma grande frase de humildade "Os cachorrinhos comem das migalhas que caiem da mesa de seus senhores", por esta razão fora beneficiada.

    A mesa e o pão existem por necessidade dos filhos. Na mesa é servido alimentos higienizados e beneficiados, para garantirem uma refeição saudável. Geralmente instalada em um local pouco freqüentado por estranho e muito menos por animais. Nela é promovido o equilíbrio, onde todos os filhos se igualam, os maiores inclinam-se e os menores esticam-se. Lugar onde a honra, e os valores são desenvolvidos. O pão para o estomago, beneficiado para atender a necessidade nutricional dos filhos, antes de chagar a mesa é amassado e assado, para alcançar o paladar desejado pelos filhos.

    Os cachorrinho, não são cães e nem feras, mas cachorrinhos, isso me parece indicar os filhotes que ainda se alimentam a volta da mesa, que ainda respeitam os limites da casa, contentando-se apenas com as migalhas e restos dos filhos, mas segundo a sua natureza estará em breve estarão frequentando as carniceirias, buscando saciar sua fome. A medida que vão crescendo os senhores vão limitando seu acesso aos arredores da mesa. Estão limitados a altura da mesa e a sua natureza, privados do acesso ao pão.

Os filhos, geneticamente e afetivamente ligados a uma família, os que foram gerados ou adotados, inseridos efetivamente ao lar, herdeiros, príncipes, eleitos. Possuem total acesso aos utensílios da casa.

O sofrimento nos condiciona a mirar apenas para o objeto de desejo, quando estamos com fome só pensamos em comida, qualquer abstinência que promova certa impotência, no alcançar ou no realizar, vira alvo obsessivo. Um filho tem direito reconhecido pelo pai sobre todas as suas propriedades, ou seja, ele também é dono, como ouviu o irmão do filho pródigo da boca de seu pai "tudo que tenho é teu" (Lucas 15:31), a posição de filho é ignorada por muitos, por estarem obstinados, e focados excessivamente ao objeto de desejo, usando-os para justificarem a desonra. É honroso alimentar-se na mesa, pois somente o que está sobre ela é o mais desejado, o pão perfeito. Para participara desta refeição, sentando-se a volta da mesa, é necessário preencher os requisitos, exigido pelo senhor da família, alem de ser membro da família ou convidado, também é necessário está vestido adequadamente, mãos limpas e esperar a ordem para pegar o pão.

O pão é o objeto de desejo do faminto, a fome maltrata o organismo comprometendo o sistema imunológico, e logo tornando o individuo alvo fácil das doenças físicas e psicossomáticas, condicionando-o a viver sobre forte expectativa. É um absurdo para aqueles que tem em sua dispensa alimento disponível, ver homens procurando alimento nos lixões, apesar de tantas injustiças, dos acidentes climáticos e das crises nos sistemas financeiro, mesmo assim, é agressiva tal imagem.

Ainda que as migalhas caiam caiam com fartura ao chão, seu estomago não fora feito para elas, mas para o produto que esta servido a mesa, que o Senhor Deus nos ilumine o entendimento para que nestes últimos dias vimamos com dignidade, alimentando-se do seu pão servido aos filhos.

    Wêdma Braz